VALDO FALA COM PAIXÃO SOBRE A ASSOCIAÇÃO FRATERNIDADE E
EQUILÍBRIO
“EU ENTREI LÁ PRA ENSINAR MARCENARIA, MAS
ACABEI APRENDENDO A LIDAR COM AS PESSOAS”
VALDO MAFRA SOARES é natural de Cambuquira, mas mora em Três Corações desde seus
quatro anos de idade. Acompanhava seu pai na sua marcenaria, mas o perdeu aos
dez anos, e pouco depois, passou a integrar o projeto da AFE, sendo convidado
por MARIA HELENA para ensinar às outras crianças na
oficina de marcenaria que ali começava.
Valdo é conhecido entre nós pela sua
humildade e desprendimento, aliados à sua grande competência na execução de seu
trabalho.
Na AFE, Valdo, que hoje tem 46 anos, ficou
por 14 anos: no começo, a proposta era fazer peças pequenas de artesanato com
madeira, ...
Perguntei: “Você entrou lá pra aprender ou pra ensinar?”
“Na realidade você entra pras duas coisas, qualquer
coisa que você faz na vida você ensina e aprende. A idéia era que eu ensinasse,
mas eu aprendi muita coisa, eu entrei lá pra ensinar marcenaria, mas acabei
aprendendo a lidar com as pessoas, porque até então eu não tinha essa questão de
ter um contato com o cliente, com o fornecedor, então tudo que eu aprendi foi
lá”.
Perguntei: “Qual a importância da Maria Helena na sua vida?”
“O que eu sou hoje, os empregos que eu gero, de
qualquer forma ela tem participação nisso, porque ela proporcionou isso, ela me
deu essa oportunidade, talvez se ela não tivesse dado eu estaria trabalhando em
uma marcenaria ainda, vai saber, a vida ... , de qualquer forma ela tem parte
disso, ela proporcionou isso!”.
“Rompimento não é uma coisa fácil!”. Valdo saiu da AFE, há 12 anos: “Vou ter que seguir o meu caminho!”, e constituiu a ART VERSÁTIL, pequena empresa que projeta o nome de nossa cidade
para muitas outras do país, e que emprega até 35 funcionários, alguns ex-alunos
da AFE.
Na saída, decidi com o Valdo que vamos
preparar uma placa de identificação para a AFE, a partir das boas idéias que
ele tem. E ele ainda me pediu que eu fosse visitar outro projeto social que
temos na cidade, a CASA LAR, que abriga
adolescentes e jovens em situação de risco, pra conhecer melhor o trabalho que
ali é feito e suas reais necessidades. Valdo me mostrou o quanto aprendeu, como
ele mesmo disse, a lidar com pessoas.
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